Aos macacos basta estender o braço para colher uma banana, e estes nunca se põem em sentido a pedir esmola, porque sabem como se safar. Eles são faces da abundância, e nós, seus descendentes, somos faces do desperdício e da sombra. Relegamo-nos à nossa mera insignificância de existência. Deixamo-nos levar por estigmas, políticas e egos. Somos imitações de nós próprios e nada mais que isso.
Com a crise, devíamo-nos ter espevitado. Franzir o sobrolho. Cerrar o punho. Algo está errado e nós sabemos onde falhamos. Será que sabemos? “O meu umbigo é mais bonito do que o teu…”
Se Portugal passar a ‘marca branca’ será mais facilmente consumido. Ficará mais barato. Mas será a outra face da moeda: o pobre, o desprezado, o gozado e o irresponsável. Mas se bem me lembro, Portugal é glorioso quando está de corda ao pescoço. Só nos mexemos quando já não espaço para respirar, é o fado, é a tradição, é a saudade, é o sentimento, é a paixão, é o limite. É Portugal! Venham franceses, espanhóis, alemães, árabes, visigodos, celtas... que Portugal perdurará. A questão está na mentalidade. Este é um país de espertos e não um país de inteligentes.
Santo Agostinho disse “Enquanto houver vontade de lutar haverá esperança de vencer” e, Portugal, é um país de glória, pela sua historia, pelo seu passado, e pela sua perseverança. Não queiram fazer de nós ovelhas negras.
E isso, meus caros, só depende de nós e da nossa vontade. Queremos ser macacos, pois os seus descendentes são manhosos!